Ações de empresas do mercado da maconha estão com tudo nos EUA
Companhias como CannaVest têm produzido lucros espantosos
Michael Mona Jr. está ganhando dinheiro com sua CannaVest. Trata-se de um negócio que compra e vende um produto bastante polêmico, há poucos anos definido apenas como mais um alucinógeno deletério: a maconha. Já há outros penny stocks (ações de baixo valor) como o de Mona: o Hemp, o Growlife e o aparentemente mais inofensivo Medical Marijuana.
Além da contestada erva, esses pequenos negócios têm uma outra característica em comum: suas ações valorizaram-se de maneira grandiosa, chamando a atenção de todos. Foi um dos grandes frenesis do mercado neste ano. Como os estados do Colorado e de Washington (não confundir com a capital dos EUA) permitem agora a venda de marijuana para uso recreativo – e outros 20 estados americanos já concordaram que ela possa ser vendida para uso médico –, cerca de 60 empresas de capital aberto, em um emaranhado de interconexões que alguns julgam antiético ou, no mínimo, suspeito, estão ganhando muito dinheiro. As ações da CannaVest e de outras empresas vêm crescendo em ritmo parecido: cerca de 1.260% de valorização desde o início do ano passado.
Contra fatos não há argumentos, mas setores mais conservadores da sociedade norte-americana não estão vendo com bons olhos o crescimento desse mercado. Criticam a falta de regulamentação, a ligação dos atuais empresários com antigos traficantes e a própria qualidade da maconha que está sendo legalmente vendida – mas cuja origem é frequentemente contestada.
Até agora vai tudo bem e o único percalço do setor, digamos, canabista, foi uma advertência da Autoridade Reguladora do Setor Financeiro no sentido de criar um sobreaviso quanto a vigaristas por trás de golpes com ações de maconha. Não há, contudo, nenhum motivo concreto que desabone o novo mercado do ponto de vista legal. E também não se têm notícias de inves-tidores prejudicados. Além disso, o governo Obama já mandou dizer que não fará cumprir a Lei de Substâncias Controladas nos estados que aprovaram o uso da droga. Para Sam Kamin, professor de direito da Universidade de Denver, a marijuana continua ilegal pela legislação federal: “Não dá para ter um setor em que dizem: nós podemos colocar você na cadeia pelo resto da vida, mas provavelmente não o faremos hoje. Quem investiria nisso?”, pergunta.
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