Apenas 3% dos investidores de risco são mulheres, mas há espaço para otimismo
Mais empreendedoras fundam suas próprias empresas a fim de aumentar essa porcentagem
A BlackLine Systems é uma plataforma de software de contabilidade criado e comandando por Therese Tucker – que conta com US$ 220 milhões (cerca de R$ 490 milhões) em seus cofres graças ao seu sucesso e ao descaso dos homens nas sociedades de capital de risco em Sand Hill Road. Em 2008, ao precisar de fundos, a CEO procurou pelas associações do Vale do Silício, onde 96% dos integrantes são do sexo masculino. Um deles teve várias ideias para melhorar sua companhia: demiti-la.
“Você fez um ótimo trabalho, nós comandaremos daqui”, disse um dos parceiros ao analisar sua declaração de renda. A BlackLine atendia clientes grandes como Boeing, Northrop, Grumman e Costco e teve crescimento de mais de 50% em um ano com lucros na casa dos US$ 8 milhões (em torno de R$ 17,8 milhões).
Apesar de 60% dos pequenos negócios nos EUA serem fundados ou cofundados por elas, apenas 7% dos fundos de risco vão para firmas comandadas por mulheres. “As pessoas costumam se relacionar com pessoas parecidas”, diz Theresia Gouw. “Não é surpresa que o número de mulheres que se destacam nesse mercado seja tão pequeno – é lógica.”
Mesmo assim, há razões para o otimismo. Três importantes empreendedoras recentemente deixaram firmas prestigiadas para fundarem suas próprias. Aileen Lee deu inicio à Cowboy Ventures e Theresia Gouw e Jennifer Fonstad à Aspect Ventures. Somando os dois negócios, elas criaram mais de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 22 bilhões) em valor público de mercado.
Como entrar nesse ramo de capital de risco então? “Se realmente quiser ser um investidor, precisa também ser um empreendedor”, diz Ann Winbland, cofundadora Hummer Winblad Venture Partners. “Você deve entender como as coisas funcionam de dentro para depois opera-las”.
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